Sunday, October 6, 2013

Chronicle I: The Tips Of The Triangle

Good night, guys! 

I am aware we’re not supposed post works in Portuguese, but I couldn’t wait to share something with you soon. This was first written for a Journalism project. Hope you like it! 

The following story is based on true events:
  


As Pontas do Triângulo

Sara mora em uma casa ótima. Está longe de ser uma mansão, mas é bem decorada. Aliás, já é grande coisa em comparação com a casa de Paola, que mal tem um quintal. O pior é que o piso do tal quintal é de lajotas, e fica muito difícil andar de patinete sobre um piso assim. Elena também tinha um patinete, e, na casa antiga, o que mais gostava era descer com ele pela rampa. A nova não tem rampa, mas compensação tem três andares e um quarto só para ela. As três são primas. Se amam, se dão bem e fazem tudo o que podem juntas. E o que podem fazer todas juntas é muito pouco. Por motivos de força maior, a família de Paola mora em outra cidade. Assim, ela é obrigada a suportar quase o ano inteiro longe de duas das pessoas que mais ama no mundo inteiro.

Todo fim de férias é a mesma coisa: ela chora enquanto o carro dirige para longe, mas, meses depois, volta. Com o maior dos sorrisos e dois abraços carregados de saudades. Por semanas, as três brincam e riem juntas, pois a idéia da separação iminente voa longe de suas mentes. Um dia, Paola recebe uma notícia maravilhosa: sua família vai passar a morar na mesma cidade que Elena e Sara. A felicidade é grande, e ela comemora com gosto, sem saber que o que mais separa as pessoas de seus entes queridos não são empregos em outras cidades ou cursos no exterior. São as próprias pessoas. Ou, pior, outras pessoas. E o que a gente pensa ser eterno e maravilhoso na infância, dificilmente continua o mesmo na vidada adulta.

Por alguns anos, tudo parece perfeito. As três primas crescem mantendo a mesma amizade de antes. Claro, Elena é dois anos mais velha do que Paola, que por sua vez é quatro anos mais velha do que Sara. Uma ou outra vez, é quase como se nem falassem mais a mesma língua, mas isso não as preocupa. Não vão ser os anos de diferença, pensam elas, que vão separá-las. Nada vai separá-las. É, sobre uma parte, pelo menos, elas definitivamente acertaram. Começou gradativamente. As mães de Sara e Elena, que eram irmãs, brigaram; por algo bem bobo, para falar a verdade. E o problema só piorou a partir daí, crescendo como uma bola de neve.

De repente, não havia mais almoços de família, nem passeios juntos, nem nada. Falar o nome de uma na presença de outra? Impensável. E a mãe de Paola, que não tinha nada a ver com o conflito, ficava no fogo cruzado. Sem tomar partido, mas também sem saber o que fazer para amenizar a situação. Já Paola mal podia acreditar no que estava acontecendo. Toda a amizade que ela, Sara e Elena partilharam. Todos os planos, as memórias, os sonhos; desapareceram como se nunca tivessem existido. Mais de cinco anos da mesma situação e da mesma dor e ela não agüentou mais. Resolveu acabar com tudo aquilo. Esperou uma chance em que estaria sozinha em casa, colocou o monte de pílulas na boca, bebeu o copo de água até o final, engoliu, deitou na cama e esperou tudo passar.

Porque se sua família era seu mundo, e este mundo estava se despedaçando diante dos seus olhos... bem, o que lhe restava afinal?

Thursday, October 3, 2013

Modern Dom Casmurro.... "Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura"



"Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura"
No amor resplandeceste a paz,
Infinita é a compaixão que nos traz,
Cumprindo com amor sua ternura.

Quão belo e fervoroso é seu amor,
Buscou viver entre todos, a ti só,
Sem as vezes desamarrar este nó,
Que hoje apenas jaz em esplendor.

Sempre que busca a nos conhecer,
Entre nós a solidão não batia,
Mesmo não tendo havido falha,

Sobre isso agora podemos saber
Sem paixão nada aconteceria,
"Ganha-se a vida, perde-se a batalha!"

Machado de Assis & Dannyell Canazart (2010)

Sunday, September 29, 2013

Sofia, the girl who can't feel.


She is eight and her hair is as curly as her thoughts: spiral curls that become knots when the wind blows too hard over her face and, just sometimes, she rolls to her fingers. Her eyelashes are too long for her small eyes, so small that sometimes fade away in all whiteness of her immaculate and childlike face. She doesn’t like to wear shoes and every morning she walks barefoot on the curb and opens her clumsy arms to hug the rising sun. She whistles operas to the birds and laughs alone when goes out of tune (God! She always goes out of tune!). She does not eat chocolate. Definitely, she prefers broccoli. When no one is watching, she plays with them, picturing the broccolis as little trees, just to eat them all after. She never holds hands while crosses the street, only hugs her books and just smiles when she has to brush her teeth. In the dead of night, she escapes to the garden to sit and talk to the stars. Sofia is happy.

But her sin is overthinking. A new tick tock on the clock is new thought in her head: curly, clumsy, shy and cold. So cold…! Sofia hurts her little fingertips when unrolls it. And if one asks what happened, she just slides her hands through her hair, like if the answer is so obvious that give it voice is worthless. When she finds a good thought, she stretches the spirals so much so that they become too big for her hand, and she runs to her rouge pencil and scribbles the paper so hopelessly that gets blisters in her hands. The thoughts warm up for some seconds, but the words fall asleep soon and they can’t help but getting cold again. If someone touches that piece paper, would hurt the fingertips as well.

And Sofia would scream. A cry the silence would swallow.


For that rouge scribbled paper Sofia calls soul.
As many of you has been bitching about, that i should share my writings, here is some of them. I know that they are not in english, but as has been said before any linguage is welcome, so just enjoy it (or not). If the majority likes my writings, I will try to post others (in english, of course!). And just to let you guys know, my portuguese is worse than my english, so if you could just not care about them I appreciate! ok.. I have already said too much, so here, try to enjoy some of my writings.


(não dei um titulo a este)  

Mais escuro que a noite,
ms quando clareava o dia
e o sol neles refletia
de perto, neles eu podia
neles me enxergar.

Podia assim imaginar
que ali eu estava, e que
em mim ela pensava.

Já mais cogitava, que ali
apenas um reflexo se refletia,
pois não importava o que eu sabia
apenas entendia que 
para sempre ali estaria.

E através de seus olhos
também podia ver o dia,
e então sabia
que o paraíso
não era uma mentira.

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O Pirata 

Com um olho tudo via
sim, era caolho
usava tapa-olho

Era pirata
mas não navegava
tinha uma barca
tava ancorada

Perto da praia 
onde bebia suco de goiaba 
e também descansava

Mas mal sabia 
que aquele dia mudaria,
pois enxergaria o 
grande amor de sua vida.